No meio termo entre hype e pragmatismo, Sony não convence na conferência da E3
Sem surpresas, fabricante do PlayStation 4 vai para o fim do ano sem exclusivos de peso
O inevitável aconteceu. Depois de dois anos com anúncios bombásticos e revelações surpreendentes, a Sony fez na E3 2017 sua pior apresentação desde o lançamento do PlayStation 4. Frente ao desafio de competir com o anúncio de um novo console na rival Microsoft e manter o mesmo nível dos históricos anos de 2015 e 2016, a Sony sequer tentou se igualar aos seus eventos anteriores, optando por algo mais comedido.
A mensagem é clara: os donos de PS4 só jogarão os principais títulos mostrados esta noite em 2018. O novo God of War e Spider-Man prometem experiências excelentes, ambos com ótimos gameplays exibidos na conferência. O título do Santa Monica Studio deve mostrar uma jornada de redenção de Kratos com seu filho, enquanto o jogo da Insomniac revelou uma profunda influência da renomada trilogia Batman: Arkham.
O novo God of War teve ótimo trailer, mas vai ficar para 2018
Ainda assim, são jogos para o próximo ano. No futuro próximo, o do segundo semestre, a Sony parece conforável em entregar o desempenho de seu console, na maior parte, nas mãos de estúdios third-party. Na área dos grandes exclusivos, o PS4 adentra o restante de 2017 com Gran Turismo Sport - que sequer apareceu na conferência - e expansões mezzo jogo completo, mezzo DLC de Uncharted e Horizon.
O restante do ano no PS4 deve ser segurado por parceiros como a Activision, que mostrou no palco tanto Call of Duty: WWII quanto Destiny 2, e a Capcom, que revelou pela primeira vez o modo história de Marvel vs. Capcom: Infinite. Do lado da EA, que não apareceu nesta segunda (12), FIFA 18 e Star Wars: Battlefront também têm conteúdos exclusivos no console da Sony.
É inexplicável que o novo jogo do Homem-Aranha não saia em 2017
O futuro, com títulos aguardadíssimos, continua brilhante. Mas, como foi mostrado nesta conferência, é distante
O restante da apresentação foi dedicado ao que a Sony já vinha fazendo há alguns anos: exibir lampejos de seus exclusivos sem dar datas. Foi o que aconteceu com Days Gone e Detroit: Become Human, que, embora sejam promissores, não tem o mesmo calibre de anúncios dos últimos anos, como Shenmue 3 e Final Fantasy VII Remake.
Tudo isso, claro, dificilmente deve comprometer a liderança do PS4, que lidera com folga as vendas de consoles, já na casa das 60 milhões de unidades vendidas. Entretanto, a fabricante deixa os holofotes e o centro das conversas do restante de 2017 para as suas concorrentes: tanto a Microsoft, com o Xbox One X, e a Nintendo, que deve coroar o primeiro ano avassalador de Switch com Super Mario Odyssey.
O futuro, com títulos aguardadíssimos, continua brilhante. Mas, como foi mostrado pela Sony, é distante.
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