Enquanto a temporada 2017 viu um verdadeiro desfile de jogos incríveis de gêneros diversos, é curioso notar como Final Fantasy XV - um jogo de 2016 - manteve-se constante e relevante durante o ano inteiro.

Cada vez mais vemos títulos tentando emplacar a filosofia do 'games as service', com um jogo base que é expandido e aperfeiçoado ao longo do tempo, que League of Legends e a Nintendo fazem tão bem (e Capcom e Electronic Arts ainda penam para fazer funcionar direito). Mas foi a Square Enix quem melhor assimilou essa ideia e levou para um novo caminho.

FFXV chegou como um verdadeiro colosso multimídia, com o jogo de PlayStation 4 e Xbox One servindo de sol para outras orbitarem ao redor, como filme longa-metragem, seriado em anime, game mobile, merchandise e muito mais.

Mas poucos esperavam que esse universo fosse seguir em constante expansão - e de maneira tão competente.

Em parte, os novos conteúdos de Final Fantasy XV vieram para expandir a aventura, especialmente com os episódios dedicados a Gladiolus, Prompto e Ignis, os companheiros do herói Noctis.

Porém, vieram também constantes ajustes e adições em várias outras partes do jogo, desde ideias mais elaboradas dos produtores (como a opção de alternar controle entre os personagens e o carro que pode dirigir para fora da estrada) até correções pedidas pelos fãs - especialmente o que se viu no problemático capítulo 13, que melhorou bastante após os updates. Isso sem contar, claro, suporte ao PS4 Pro e Xbox One X, que possibilitou rodar o jogo muito melhor do que nas versões convencionais dos videogames.

FFXV ainda foi além e trouxe o inesperado modo multiplayer Comrades e também promoveu conteúdos sazonais diversos, como o divertido festival em Altissia, a inusitada parceria com Assassin's Creed Origins ou a divulgação ainda mais bizarra de Cup Noodles.

Quem já tinha jogado Final Fantasy XV de cabo a rabo (tarefa para quase uma centena de horas) teve motivos constantes para voltar à aventura. Aqueles que esperaram um pouquinho mais encontraram uma experiência robusta e recheada de coisas para fazer.

Felizmente, ainda tem um 'chorinho' reservado para 2018. Final Fantasy XV vai receber pelos menos mais três DLCs, sendo que um deles será focado no vilão Ardyn - e há fortes indícios de que a intrigante Lunafreya brilhe em outro.

Além disso, uma caprichada versão para PC está sendo desenvolvida e os smartphones vão ganhar uma edição de gráficos caricatos que promete recriar a aventura sem comprometer nada. Ah, e não seria estranho também se o Switch recebesse algo relacionado a Final Fantasy XV também.

Em 2016 o jogo já tinha realizado com louvor a missão de resgatar o brilho da série Final Fantasy e tudo o que foi feito em 2017 serviu para pavimentar o futuro da franquia e indicar um caminho que sirva de referência para os próximos episódios.