CEO da Capcom fala sobre performance fraca de Resident Evil 7 e produção de jogos para o Switch

Novos títulos da Capcom para Switch dependerão de resultados de Ultra Street Fighter II

Por Rafael Romer 25.05.2017 21H32

CEOs não costumam ser completamente cândidos na hora de uma autocrítica sobre suas empresas. Em uma extensa entrevista à publicação japonesa Toyo Keizai (via NEOGaf), no entanto, foi exatamente isso que Haruhiro Tsujimoto, CEO da Capcom, fez sobre sua companhia em um balanço pós-fechamento de ano fiscal.

Na entrevista, Tsujimoto reconhece que, mesmo tendo agradado usuários, os títulos Resident Evil 7 e Monster Hunter XX apresentaram desempenho abaixo do esperado pela Capcom – em parte, por responsabilidade da própria empresa.

No caso do título de terror, Tsujimoto explica que a empresa foi muito “cautelosa” na distribuição de unidades de RE7 para lojas, o que atrasou o crescimento de vendas do título no início. Já para Monster Hunter, o executivo atribui a performance fraca aos problemas técnicos com downloads na versão digital do título, o que desestimulou muitos a comprá-lo.

Sobre o lançamento de títulos da Capcom para o Nintendo Switch, Tsujimoto afirmou que a empresa espera ainda os resultados de Ultra Street Fighter II – que chega nesta sexta ao Japão – antes de avaliar como suportará a plataforma no futuro. O executivo, no entanto, se mostra empolgado com o novo sistema da Nintendo, principalmente pelo seu potencial de atrair um público que não estava interessado em um console anteriormente – e cita a própria filha pequena como exemplo do fenômeno.

Aproveitando o retorno recém-anunciado de Marvel vs Capcom Infinite, Tsujimoto disse ainda que a Capcom tem planos de “ressuscitar” uma de suas antigas propriedade, mas enfrenta alguns desafios para colocar o plano em prática.

Um dos desafios é a falta de “pessoas” para isso, já que a evolução rápida de tecnologias tem exigido cada vez mais pessoas envolvidas na criação de um game. Além disso, a Capcom já estaria envolvida demais em novas franquias, o que deixa menos tempo para trazer antigos títulos de volta.

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