UFC 2 está mais bonito, mais rápido, mas não menos complicado

Jogamos o beta do game e damos nossas primeiras impressões

Por Thiago Romariz 16.02.2016 10H22

O primeiro UFC da EA Sports chegou com uma pompa que não correspondeu a expectativa criada. A proposta e os gráficos eram bons, mas os controles falhavam no combate no chão. E esta é a missão principal de UFC 2, que o Omelete teve a oportunidade de jogar em fase de testes beta durante alguns dias, para comprovar as melhorias e atestar árduas tarefas que a EA tem pela frente.

Não há como negar que o visual fica cada vez melhor. Tanto o realismo das feições dos lutadores, quanto a movimentação deles melhorou sensivelmente - algo relevante, devido à excelência gráfica do primeiro game. Além de reconhecer imediatamente os rostos e trejeitos dos atletas, é possível notar suor, músculos retraindo e até os dedos os pés se mexendo com um nível de detalhe impressionante. O clichê de “parece de verdade” é perfeito pra UFC 2.

Dito isso, como estão os controles do jogo? É seguro dizer que melhoraram, mas não se tornaram menos complexos. Os botões principais servem para chutar ou socar, os analógicos ditam a força dos golpes e a altura deles - chute na cabeça ou um chute nas pernas, por exemplo. Em pé, a rapidez é aliada da paciência, pois nenhum golpe pode ser dado sem uma olhada prévia na barra de stamina. Essa resistência, que fica na parte superior da tela, é o guia para a luta inteira, seja ela no chão ou em pé. O negócio é realmente criar uma estratégia de luta e economia para vencer.

Quando o combate vai para o chão as coisas mudam. Ainda é uma espécie de mini-jogo, mas com um toque de simplicidade que faltava no primeiro UFC. Basta segurar a alavanca na posição que determina uma escapada, uma imobilização ou qualquer outra ação para que o resultado aconteça. A proposta é simples, mas a execução exige alguma rapidez do jogador e um pouco da mesma estratégia da luta em pé.

O problema é que no chão os comandos, além de não responderem tão bem, tomam a atenção e desviam o foco do luta em si. Até o lançamento oficial a rapidez das respostas deve melhorar, mas além disso é preciso uma regulagem na aparição dos ícones que acionam os golpes, pois não é raro eles demorarem para aparecer e, sem necessidade, uma partida era perdida.

Essa infinidade de comandos pode parecer difícil no primeiro momento, mas é fácil se acostumar com o sistema do game depois de algum treino. Mesmo sem funcionar de forma perfeita, as lutas (em pé, principalmente) eram bem agradáveis de jogar. E com isso tudo fica claro que ao invés de enveredar para o lado do arcade e das brigas mais simples, UFC 2 é um jogo de luta mais afeito à simulação.

Novos modos

Além dos modos Skill Challenge e do Tranining, a novidade que a EA trouxe para essa sequência foi o Ultimate Team - um dos modos mais queridos da série FIFA, que aqui troca jogadores por lutadores, claro. São várias possibilidades de customização para um atleta inédito e também muitos atributos disponíveis para evoluir ao longo da carreira do mesmo. Vencer lutas dará ao jogador mais dinheiro para comprar cartas que concedem novos golpes e habilidades  - é possível criar até cinco personagens. 

Novidades como o KO Mode estavam bloqueadas nno beta, assim como o modo Carreira, que deve ganhar algumas novas adições. Entre os habilitados, os mais interessante eram o de treinamento e o Skill, pois davam uma boa noção das mudanças implementadas e traziam um tutorial didático e desafiador. No fim das contas, eles são o jeito mais suave de entrar no mundo de UFC 2.

UFC 2 chega em 15 de março para os donos de PlayStation 4 e Xbox One.