Harry Potter: O jogo

Harry Potter: O jogo

Por Érico Borgo 15.11.2001 01H00
A Electronic Arts mostrou essa semana o primeiro jogo baseado em Harry Potter e a Pedra Filosofal. O Omelete esteve presente no lançamento e tivemos a oportunidade de assistir à demonstração da versão para PC e, principalmente, jogar um pouco.

A estratégia da EA foi desenvolver um game que qualquer pessoa, por menos acostumada que esteja com jogos de computador, possa aprender em poucos minutos como dominar as ferramentas. Também tiveram como objetivo principal algo de simples instalação, baixos requerimentos de sistema e alto grau de diversão. O resultado foi um jogo pouco inovador na tecnologia, mas bastante criativo nos desafios que alternam cenários 3D (a maior parte do jogo), visão em primeira pessoa (durante as aulas) e quebra-cabeças. O intuito aqui é transformar o jogador em Harry Potter.

O jogo começa com uma breve (e tosquíssima) introdução ao mundo Potter. Imagens estáticas vão sendo exibidas com uma narração que explica como Harry chegou até Hogwarts, e é lá que a aventura começa. O menino bruxo é recebido por Alvo Dumbledore, que explica um pouco sobre a escola de magia e o encaminha para a sua primeira aula: herbologia. No caminho, Harry encontra Rony, Fred e Jorge. Os gêmeos fornecem um tutorial, que explica os movimentos de Harry (mais básicos, impossível - andar, pular e usar a varinha), bem como alguns objetivos comuns a todo o jogo, como colecionar os feijõezinhos de todos os sabores para ganhar cartas de bruxos ou comer sapos de chocolate para recuperar energia.

A partir daí, Harry deverá aprender feitiços novos freqüentando as aulas, conquistar pontos para a Grifinória e realizar desafios como enfrentar o trasgo, apostar uma corrida de vassouras com Draco Malfoy, levar o dragão de Hagrid até o alto da torre usando a capa da invisibilidade e tantas outras passagens do livro. Mas aparentemente, o melhor do jogo fica mesmo por conta das partidas de quadribol. Depois de aprender a voar, Harry pode jogar uma partida a qualquer momento, independente de onde esteja no jogo.

Como pontos positivos, todos os personagens são imediatamente reconhecíveis, todos os diálogos são dublados em português, os gráficos e cenários estão muito bem construídos e a jogabilidade é nota dez para marinheiros de primeira viagem. Harry Potter e a Pedra Filosofal deve agradar em cheio crianças e pré-adolescentes. Entretanto, jogadores mais experientes provavelmente estranharão um pouco a simplicidade do game. Já os aspectos negativos são todos derivados da necessidade de simplificar o produto para baixar os requisitos de sistema. Não há sincronização labial, a animação é bastante dura e muitos dos desafios são óbvios demais. Outra coisa que não engolimos foi a abertura da fase final revelar o vilão ANTES de Harry descobrir. Tudo bem que a maioria dos jogadores já terá lido o livro, mas mesmo assim, é uma surpresa irritante.

J.K.Rowling acompanhou toda a criação do jogo, como faz com tudo o que é derivado de sua obra. Apesar de não ter rolado um contato direto entre a produção do filme e do jogo, os dois lançamentos estão extremamente alinhados e refletem o mesmíssimo universo em detalhes.

Assim que recebermos aqui no Omelete uma versão full do jogo, prometemos contar pra você como ele é por inteiro. Além do lançamento para PC, existirão versões para Playstation, Game Boy Advance e Game Boy Color. As três serão diferentes e respeitarão o público-alvo do console.