Super Smash Bros. (Wii U) | Crítica

A celebração máxima da nostalgia nintendista

Por Bruno Silva 28.11.2014 18H24

Escondido entre as várias opções da tela principal do Super Smash Bros. de Wii U, há um menu em que você pode experimentar, por períodos que vão de dois a quatro minutos, jogos clássicos que envolvem os personagens do elenco: Super Mario Bros., Super Mario World, os dois primeiros Legend of Zelda, o primeiro Metroid, Mega Man 2 e vários outros títulos estão à disposição, seja para relembrar, seja para conhecer.

Esse tipo de agrado resume bem uma filosofia que a Nintendo parece adotar cada vez mais: a de investir tanto na nostalgia quanto no carisma de suas valiosas criações. Em um ano em que a fabricante inventou de colocar Zelda e F-Zero em Mario Kart 8 e transformar o coadjuvante Toad em protagonista, fica clara a sua intenção de explorar melhor a imagem de seus personagens. E, nesse sentido, este Super Smash Bros. sabe fazer isso como nenhum outro título da Big N.

Ah, e eu já falei que também é um excelente jogo?

Smash para oito

Quem jogou a versão de 3DS vai notar, logo de cara, o quanto as versões são semelhantes (o que serve mais para ressaltar a qualidade da edição do portátil). Além do elenco, que contém os mesmos lutadores, o design dos menus e a trilha sonora são praticamente as mesmas. As principais diferenças estão na óbvia superioridade de memória e processamento do Wii U em relação ao portátil: mais músicas, mais cenários, melhor resolução.

É na maior capacidade que está uma das melhores novidades do Smash Bros. de Wii U: cenários que comportam até oito jogadores. Em mapas gigantes, no qual mal se consegue ver o próprio lutador na tela da televisão, o modo amplifica uma das melhores qualidades do game, como a imprevisibilidade e a pegada festiva de luta que sempre rendem boas risadas e diversão quando se está jogando com os amigos.

Falando em multiplayer, este Smash não poupa em variedade de maneiras de controlar os lutadores. Se a versão de 3DS nos restringia a um impreciso disco analógico, a de Wii U é abundante em opções de controles: além do GamePad, você usar o Wii Remote, o controle clássico do Wii U, o controle de GameCube (por meio de um adaptador especial) e até mesmo o próprio 3DS (apenas no modo Smash), para quem tem a edição do portátil.

Diversão x competição

Mas a festividade não é o único elemento presente nas lutas. Ouvindo também a comunidade competitiva, o jogo balanceia o estilo casual de Brawl, do Wii, com os controles mais precisos de Melee, de GameCube, que até hoje ainda é o título oficial da franquia para competições como o EVO. Isso resulta no melhor tipo de jogo: aquele que é fácil de aprender, mas difícil de dominar.

Fora das batalhas, o jogo exibe uma quantidade monstruosa de conteúdo: personagens secretos desbloqueáveis, itens, troféus, desafios… tudo para te manter grudado na tela. O modo exclusivo do Wii U é o Smash Tour, um game de tabuleiro no qual os jogadores coletam lutadores e aumentam seus stats para, ao fim, lutar em uma arena. É um modo interesante, mas não é tão divertido quanto o Smash Run do 3DS.

Infelizmente, o Smash de Wii U, pelo menos no Brasil, ainda está incompleto, por conta das dificuldades da Nintendo de trazer os acessórios que o acompanham. Na data de publicação desta crítica, ainda não há previsão de quando estarão disponíveis o adaptador para o controle de GameCube - o preferido entre os jogadores mais competitivos - e os bonecos interativos Amiibos, que, no game, viram lutadores controlados pela máquina, com níveis de experiência e movesets próprios.

Misturando competitividade e diversão descompromissada, o Smash Bros. de Wii U pega o conceito básico da série e leva ao extremo, com um elenco gigante e muita coisa para desbloquear. É uma celebração máxima da nostalgia da Nintendo - e, com Mega Man, Pac Man e Sonic no elenco, também da era de ouro dos games.

Super Smash Bros. é exclusivo de Wii U.

Nota do crítico