Battlefield: Hardline | Primeiras Impressões
Caos e explosões no conflito de polícia e ladrão da Electronic Arts
Não há como negar a coragem da Electronic Arts de ir contra a maré com Battlefield: Hardline. Em um ano no qual todos os jogos de tiro surgem com uma pegada futurista (entre eles, o principal rival Call of Duty: Advanced Warfare), a produtora aposta em um jogo mais simples e descontraído. Essa intenção fica clara ao jogar a fase de testes beta do game, que abriu durante a conferência da empresa na E3 2014 e se encerrou no dia 26 de junho.
Produzido pela Visceral Games, o derivado de Battlefield com temática de polícia e ladrão se mostra bem mais caótico e frenético do que seus concorrentes - e até mesmo do que games anteriores da série. Em meio ao tiroteio, há muitos carros e helicópteros zanzando de um lado para o outro. O foco em táticas e equipamentos foi deixado um pouco de lado, e deu lugar a um clima mais despreocupado.
No beta, dois modos de jogo estavam disponíveis, ambos no mesmo mapa: uma metrópole com ruas largas e muitos prédios. O primeiro é o Blood Money, em que um carregamento de dinheiro é colocado no meio do mapa. Os ladrões e os policiais devem levar a carga, dividida em pacotes, para seus respectivos cofres. Entretanto, cada time pode invadir o ponto de segurança do outro, o que deve fazer deste, provavelmente, o modo de jogo mais imprevisível de Hardline, e o que exige menos cooperação em grupo. Por outro lado, é também o modo que dá mais liberdade ao jogador de aproveitar os caminhos e os veículos à disposição no mapa. Defender seu ponto, ir direto à carga de dinheiro ou roubar sorrateiramente o montante do cofre dos adversários: todas as estratégias são válidas e bem-vindas.
No segundo modo, Heist, os criminosos precisam interceptar uma carga em movimento, retirá-la do veículo e levá-la a um lugar seguro, e os policiais devem defender os veículos - ou seguir os bandidos caso eles consigam roubar o dinheiro. Neste, as partidas exigiram um pouco mais de colaboração entre os membros de cada equipe, principalmente porque é necessário dirigir muito.
Os veículos, inclusive, dão um tom diferente a Hardline, quando comparado com os outros jogos de Battlefield. Em vez de tanques, carros policiais que, embora tenham sua proteção, são menos fortificados - mas, em compensação, são mais rápidos, o que facilita na hora de percorrer o mapa.
Para poder aproveitar ao máximo a agitação de Hardline, no entanto, os servidores precisam estar cheios, o que não aconteceu muito durante as partidas que joguei no beta. Na maioria das vezes, cada time tinha poucas pessoas, o que concentrava o tiroteio em áreas reduzidas do mapa e distantes do ponto de spawn - ou seja, haja correria para chegar até a ação. Mas, caso o jogo repita o sucesso de seus antecessores (e não siga os problemas com os servidores), é um problema que será contornado com facilidade.
Battlefield: Hardline tem lançamento marcado para 21 de outubro nas plataformas PlayStation 4, PlayStation 3, Xbox One, Xbox 360 e PC.