O anúncio de Age of Empires IV foi brutalmente nostálgico. E nem precisou que a Microsoft mostrasse muito do jogo para deixar os fãs de longa data totalmente empolgados com essa novidade.

Afinal, depois de anos e mais anos, uma das franquias mais clássicas dos jogos de estratégia está finalmente voltando com tudo para os braços dos jogadores. E sentimos muita falta, não é mesmo? Há quanto tempo estamos sem ver um game grande e popular desse gênero no mercado?

Wololo.

Command & Conquer nunca mais resolveu voltar. Senhor dos Anéis parou no mitológico Battle for Middle-Earth 2. Stronghold, alguém aqui ainda lembra? Até Warcraft está difícil de sair mesmo uma versão remasterizada. Talvez as exceções estejam com Civilization VI, lançado em 2016, e Total War, que recentemente ganhou Warhammer II.

Fato é que, com o anúncio do quarto Age of Empires, muitos estúdios já levantaram a antena e estão ligados no quanto o público está interessado em mergulhar novamente nas batalhas estratégicas. E o que pode surgir por aí com tudo isso?

Retorno de marcas clássicas?

Vem cá, EA, deixa eu te contar que trazer Generals de volta seria uma boa pra confrontar o Age of Empires, hein...

A grande aposta é que alguma empresa grande queira “confrontar” a Microsoft com algum outro título nostálgico e não deixar que Age of Empires IV leve todo o mercado — principalmente se ele voltar a ser lucrativo.

O que sabemos, até agora, é que a Blizzard ainda não será uma dessas empresas. StarCraft: Remastered veio há pouco tempo e, como os próprios desenvolvedores reforçaram durante a BlizzCon 2017, ainda “não é a hora” do irmão Warcraft ganhar uma remasterização.

A EA detém franquias interessantes e que citamos anteriormente. Command & Conquer é, sem dúvidas, uma das mais interessantes visto que, ainda em 2013, a empresa falou que iria continuar com a série… Mas nenhuma informação a mais foi dada sobre isso.

E que tal uma continuação de Lord of the Rings: Battle for Middle Earth 2? A comunidade continua envolvida com o jogo e até hoje participa de torneios com “patches” de equilíbrio realizados pelos próprios fãs.

Há grandes títulos e universos por aí, e só citamos alguns deles que podem aproveitar um possível “revival” nos próximos anos com a febre do empério. Afinal, 2018 é o melhor período para apostar novamente e resgatar velhos títulos sob a bandeira de continuações ou reboots.

E franquias novas?

Desenvolver um game de estratégia do zero é muito mais complicado que outros gêneros por aí — basta ver em nossa matéria mostrando todo o complicado processo por trás de Outlive, que foi produzido em território brasileiro há quase 20 anos atrás.

O melhor exemplo atual disso talvez seja Planetary Annihilation, o “sucessor espiritual” do clássico Total Annihilation. Lançado em 2014, ele buscou aproveitar a nostalgia dos fãs e acabou duramente criticado pelos jogadores.

Isso faz com que estúdios menores foquem seus esforços em gêneros ou plataformas de acesso mais fácil, deixando de lado os investimentos no gênero de estratégia. Mas é possível que um ou outro jogo venha querendo “abocanhar” essa fatia que está carente e se aquecendo para a chegada de Age of Empires IV. O problema é que eles terão tempo limitado para isso — afinal, nenhum jogo chega da noite para o dia e perder o “hype” nessa jornada é um passo em direção às baixas vendas.

2018 é um ano que pode trazer as atenções de volta para o gênero de estratégia. Mesmo sem data de lançamento, Age of Empires IV com certeza está na cabeça de muitos e muitos fãs que estão ansiosos por construir suas bases e descer novamente com o exército sob as fortalezas dos adversários. O que resta saber é: iremos parar por aí?